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Movimento nacional mobiliza para moralizar políticos
(Da Redação) Mais uma eleição se aproxima e novamente está em alta a discussão de valores éticos, tanto na classe política quanto na população em geral. Se o Brasil fosse um país onde crimes administrativos e eleitorais tivessem o tratamento e o descontentamento que tais atos merecem, não seriam necessárias campanhas de moralização política e que fiscalizam a seriedade do processo eleitoral brasileiro, porém, tentando conscientizar a parcela jovem que busca pela democracia em um país emergente, a própria sociedade brasileira se viu obrigada a se organizar para coibir as práticas lesivas à honestidade e isenção das eleições. Por isso que há alguns anos já existem movimentos que, através de parcerias entre vários setores, trabalham na conscientização, fiscalização e punição de candidatos corruptos e eleitores que também possam vir a cometer infrações eleitorais. No entanto, o foco principal das campanhas deste tipo, ainda está no momento da escolha dos candidatos, justamente porque depois de eleitos, a burocracia e a morosidade da justiça, dificultam demais a averiguação e punição de políticos que fazem mal uso do poder público. Uma das frentes mais fortes nesse tipo de trabalho, é a campanha ?Ficha Limpa?, que surgiu com forte apelo popular, disseminada principalmente pelos meio digitais. A Campanha Ficha Limpa foi lançada em abril de 2008 com o objetivo de melhorar o perfil dos candidatos e candidatas a cargos eletivos do país. Para isso, foi elaborado um Projeto de Lei de iniciativa popular sobre a vida pregressa dos candidatos que pretendem tornar mais rígidos os critérios de inelegibilidades, ou seja, de quem não pode se candidatar. O projeto de lei de iniciativa popular protocolado no Congresso Nacional junto com 1 milhão e 300 mil assinaturas (cerca de1% do eleitorado brasileiro), pretende aumentar as situações que impeçam o registro de uma candidatura, incluindo pessoas condenadas em primeira ou única instância ou com denúncia recebida por um tribunal ? no caso de políticos com foro privilegiado. Essas pessoas devem ser preventivamente afastadas das eleições ate que resolvam seus problemas com a Justiça Criminal; Parlamentares que renunciaram ao cargo para evitar abertura de processo por quebra de decoro ou por desrespeito à Constituição e fugir de possíveis punições, e também pessoas condenadas em representações por compra de votos ou uso eleitoral da máquina administrativa. [B]AÇÕES EM RONDÔNIA ?[/B] No estado de Rondônia, também existem entidades organizadas no sentido de moralizar a classe política e conscientizar a população para os malefícios da venda de votos ? realidade comum no processo eleitoral do Estado. A equipe do CP conversou com o presidente e vice-presidente da subseção da OAB em Ji-Paraná, Jacinto Dias e Ivan Machiavelli, respectivamente, onde foi dito por eles sobre a mobilização de alguns setores da sociedade para fiscalizar o andamento das campanhas eleitorais na região. Segundo eles, a OAB em parceria com outras instituições, já conseguiram obter excelentes resultados nas últimas duas campanhas em que foi formada a Comissão Eleitoral por essas entidades. ?Não há dúvidas de que houve avanços significativos na coibição dos crimes eleitorais desde que esse trabalho começou a ser feito?, frisou o vice-presidente da OAB, Ivan Machiavelli, que inclusive citou como exemplo as eleições municipais de Ji-Paraná. ?Na última eleição para cargos municipais de Ji-Paraná, foram denunciados a Comissão formada por nós, cerca de 50 candidatos que faziam campanhas de modo irregular, desse total, 10 tiveram suas candidaturas cassadas?, exemplificou Machiavelli. Os advogados disseram ainda que, para eles, a venda do voto não é uma questão cultural, mas sim um desvio de conduta motivado por diversos fatores, como caráter ou ignorância do mal causado pelo ato. ?Não podemos varrer para baixo do tapete esse problema da venda de votos, temos que combater o problema como foi feito em outras épocas com outros temas que eram tabus. A sociedade precisa ser alertada para o mal que essa prática causa. A vida de uma pessoa que trocou seu voto por uma telha ou por uma camiseta não melhorou. O que se precisa, é analisar seriamente o perfil de cada candidato?, finalizaram o presidente e o vice da OAB em Ji-Paraná. [B]Sites ajudam a conhecer passado de candidatos[/B] Uma das formas mais eficientes de escolher um bom candidato, é conhecê-lo a fundo. Patrimônio, vida pregressa e ficha criminal são algumas das informações que ajudam o eleitorado a decidir o seu voto, essa facilidade passou a ser mais bem divulgada depois que campanhas on-line passaram fazer sucesso na internet, onde alguns artistas como (Tico Santa Cruz, vocalista da banda Detonaltas, o jornalista Serginho Groisman e o escritor Paulo Coelho) dividiram espaços com os usuários e clamaram por uma moralização imediata da política nacional. Diante dessa demanda crescente, alguns sites passaram a disponibilizar acesso às informações declaradas dos candidatos para o Superior Tribunal Eleitoral (STE). Os mais acessados são o da ONG Transparência Brasil (www.transparencia.org.br) e o do blogueiro Fernando Rodrigues (www.politicosdobrasil.com.br). Outros movimentos on-line também estão em alta, entre eles o ?Ficha Limpa? (www.mcce.org.br) e o abaixo-assinado on-line para implantação do projeto em questão (secure.avaaz.org/po/brasil_ficha_limpa). ...


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